Corpo de Bombeiros já debelou 3.836 incêndios em vegetação em 2022

4 de novembro de 2022 - 14:35 # # # # # #

Entre janeiro e outubro de 2022, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) debelou 3.836 incêndios em vegetação em todo território cearense. A estação seca, durante os últimos quatro meses de cada ano, tradicionalmente requer um maior cuidado. Em setembro, foram registrados 1.170 focos de incêndio em vegetação, já  em outubro foram contabilizadas 1.413.

“Nos três últimos meses do ano, verificamos um aumento significativo em incêndios em vegetação. Isso ocorre em decorrência de três fatores: os aumentos da temperatura e da velocidade do vento e a baixa umidade do ar. Então, as pessoas que queimam o terreno, ou o lixo, podem perder o controle das chamas, que acaba atingindo escolas, indústrias e residências”, alerta o comandante da 5ª Companhia do 3º Batalhão de Bombeiros (5a Cia/3o BBM) do CBMCE, tenente-coronel Mardens.

De acordo com o tenente-coronel, diferente do que ocorre com os estoques de algodão, “a combustão espontânea em vegetações se trata de um mito, tendo boa parte da origem desses acidentes na ação humana”. “A nossa recomendação ao agricultor é que, ao realizar a coivara (pôr fogo no terreno para adubá-lo com cinzas), observe a direção do vento e tente realizá-la em horas de dia com a temperatura mais amena. Além disso, é importante executá-la observando uma faixa de segurança (aceiro)”

Recomendações

Em nenhuma hipótese, a população deve tentar apagar incêndios, para que não ocorram acidentes. “Ao avistar um incêndio, as pessoas devem ligar imediatamente para o número 193, que é o nosso canal de atendimento”, recomenda o tenente-coronel Mardens. “Sem o preparo físico, o conhecimento adequado e os equipamentos necessários, fatalmente essas mesmas pessoas acabam se tornando vítimas dos incêndios em vegetação”.

Por último, o tenente-coronel orienta nunca jogar uma fonte de calor na vegetação e, para as pessoas que viajam, é fundamental evitar jogar lixo pela janela do carro. “Ele poderá servir de alimento para o fogo”, adverte. Em hipótese alguma,  deve-se soltar balão, pois estes também são um dos maiores causadores de queimadas e, em caso de acampamentos, a fogueira precisa ser feita longe da vegetação e perto de um rio, “para que centelhas de fogo não iniciem um incêndio florestal”.