Academia encerra seminário inédito para a Segurança Pública do Ceará

28 de setembro de 2023 - 16:12 # # # #

Um novo capítulo foi escrito, ao longo de dois dias, na história do Estado do Ceará. A primeira edição do Seminário Internacional da Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp/CE) reuniu, em Fortaleza, autoridades e especialistas de diversos setores com o objetivo de apresentar e compartilhar experiências sobre políticas governamentais direcionadas a áreas fundamentais para a sociedade.

Com o tema Segurança Pública, Direitos Humanos e Atuação Policial Junto aos Grupos Vulneráveis, o seminário teve seis painéis, entre terça e quarta-feira (27), envolvendo debatedores do campo acadêmico e da gestão pública para análise de problemas e soluções em subtemas específicos.  Participaram do seminário 160 pessoas de modo presenciais, além de aproximadamente 500 participantes por meio de transmissão on-line.

Polícia e forças coirmãs devem aprimorar conhecimentos sobre a temática, aponta diretor

O diretor-geral da Aesp, delegado Leonardo Barreto, explica que não foi escolhido por acaso o tema Segurança Pública, Direitos Humanos e Atuação Policial Junto aos Grupos Vulneráveis. “Entre nós, que fazemos parte das Forças de Segurança, existe a compreensão de que é preciso evoluir no sentido de entender as necessidades e saber atender às demandas de grupos que carecem de uma maior atenção governamental. Segurança Pública não é antônimo de Direitos Humanos. Segurança Pública e Direitos Humanos podem e devem ser sinônimos dentro de uma sociedade mais justa, mais avançada. Da mesma forma, atuação policial junto aos grupos vulneráveis não anula o trabalho policial. Na verdade, trata-se de um avanço, uma evolução, um aperfeiçoamento”, frisou Barreto.

Ele também relembrou que, no Ceará, há uma orientação clara de “Cuidar das Pessoas e Fazer o Ceará Avançar”. Para o gestor, ao promover uma ação como essa, a Aesp cumpre essa missão de duas formas.

“A Educação sempre é uma base. E nós estamos investindo cada vez mais na educação do policial, do bombeiro, do perito, de todos os agentes da Segurança Pública. Não é apenas a formação inicial que deve ter excelência, mas a formação continuada, os processos de qualificação e de requalificação, os aperfeiçoamentos”, exemplificou o gestor. “Além disso, para citar o segundo ponto, existe o benefício de entregar à sociedade um agente cada dia mais completo, mais desenvolvido, sempre com uma maior atenção a setores que demandam dele um olhar especial”, analisou o delegado.

Seminário teve a presença de professor e pesquisador de instituição europeia

No último painel, com o subtema “Segurança, Educação e Cultura de Paz nas Escolas”, o professor e pesquisador Rafael Quijada, da Universidad de Málaga, trouxe conteúdos relevantes para o seminário. Ele tem trabalhos desenvolvidos com o público de faixa etária adolescente.

“É um enorme prazer contribuir com pesquisas científicas que realizo no ambiente acadêmico. Agradeço à Academia pela oportunidade de poder apresentar essas pequenas reflexões e debater essa temática. E, acima de tudo, pelo debate que pode surgir como resultado”, agradeceu o especialista.

Academia vive momento único com a realização do evento

O superintendente de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública do Ceará, Nabupolasar Alves Feitosa, avaliou como o seminário se estabelece como um momento singular também para a Aesp. “O que ocorreu aqui, na Academia, foi realmente um momento de academia, de discussões de alto nível, todas de alto nível, que representam um caráter acadêmico que a Aesp tem e que amplia ainda mais com esse seminário”, ressaltou.

O perito-geral da Perícia Forense do Estado do Ceará(Pefoce), Júlio Torres, lembrou que a Aesp vem sendo uma pasta parceira em relação a conteúdos ligados à educação e à formação de servidores. Isso é a Academia. E eu tenho certeza que nós teremos aqui, com o Leonardo, muito mais cursos”, ressaltou.

Já a secretária da Igualdade Racial, Zelma Madeira, que foi uma das debatedoras do penúltimo painel do Seminário Internacional, que abordou sobre o tema “Prevenção e Repressão aos Crimes de Ódio por Discriminação Étnico-Racial ou Orientação Sexual” opinou ser um momento adequado para o debate. “Essa é uma discussão que não pode mais ser adiada. A gente precisa compreender essas questões que circundam a segurança pública e que, quando são consideradas, levam para a efetivação dos direitos humanos”, enfatizou.

Participantes fizeram doações de alimentos

Para confirmar a inscrição, cada participante doou dois quilos de alimentos não perecíveis. Toda a arrecadação será repassada ao programa Pacto por um Ceará sem Fome.