Ciopaer transporta gêmeas nascidas prematuramente de Cedro para hospital em Quixeramobim

22 de junho de 2020 - 18:00 # # # # # #

“Sempre que somos acionados para uma remoção nos perguntamos quem será o nosso paciente. E quando o transportado é uma criança, há um sentimento a mais que toma conta de toda equipe dada a responsabilidade de termos em nossas mãos o bem maior de uma família”. A frase do médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Leonardo Augusto Torres, expressa o sentimento de todos os que atuam na Ciopaer. Há quatro anos na Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), o médico conta que essa sensação veio de forma dobrada na última sexta-feira (19), quando a equipe aeromédica realizou a remoção de duas gêmeas recém-nascidas do município de Cedro para Quixeramobim.

As crianças nasceram prematuramente com gestação de 34 semanas. O parto aconteceu em uma residência situada no município do Cedro. Após o nascimento, mãe e bebês foram levados ao hospital municipal. As crianças apresentavam baixo peso e dificuldade respiratória, exigindo cuidados mais específicos devido à complexidade do caso das irmãs. De imediato, foi feito o acionamento da Ciopaer, com sede em Juazeiro do Norte. Uma aeronave da coordenadoria equipada com aeromédico seguiu para o município de Cedro. As duas recém-nascidas foram levadas em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até o ponto onde a aeronave aguardava.

As bebês foram levadas ao helicóptero e em seguida foram transportadas para o Hospital Regional do Sertão Central, em Quixeramobim. O translado foi feito em 44 minutos e, logo que chegaram, as crianças foram encaminhadas para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. “É gratificante! Sempre bom quando a missão é executada com sucesso. Isso nos traz um orgulho imensurável de fazer parte da Ciopaer”, destaca o médico Leonardo Augusto.

O enfermeiro do Samu, Lúcio Macêdo, que está há três anos na Ciopaer também participou do transporte das gêmeas. Lúcio Macêdo passou por um momento difícil em sua vida com a perda de sua filha de apenas três meses de nascida. Ele falou sobre o trabalho de remoção feito na última sexta-feira. “Foi a minha primeira missão com recém-nascidos após o ocorrido com minha filha e não tinha como não ser especial. Olhar aquelas crianças, a fragilidade delas, e poder ajudar em seu atendimento, para que elas tivessem o melhor tratamento e assim retornarem para seus familiares é algo que não tem preço. Foi emocionante e especial, com certeza”.

Ciopaer contabilizou 61 transportes aeromédicos de janeiro a maio

Esse sentimento de “dever cumprido” dos profissionais que compõem as equipes responsáveis pelos transportes aeromédicos da Ciopaer é facilmente compreendido. Segundo dados da Coordenadoria, somente nos primeiros cinco meses de 2020, foram realizados 61 transportes nesse sentido, compreendendo todas as regiões do Estado.

O mês com o maior número de remoções foi maio, 17 registros. Na sequência vêm fevereiro, com 13 transportes aeromédicos; janeiro e abril, ambos com 11 traslados e fechando a relação vem o mês de março, que teve nove ocorrências atendidas.