Crimes contra instituições financeiras reduzem 66% em 2019; nenhuma ação contra carro-forte foi registrada nos doze meses

16 de janeiro de 2020 - 17:45 # # # # # #

Após medidas adotadas pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o Estado do Ceará fechou o ano de 2019 com uma redução de 66% nos crimes contra instituições financeiras. De janeiro a dezembro do ano passado, 14 ocorrências foram registradas pelas forças de segurança. No ano de 2018, foram 41 casos. Entre os números, um fato que merece destaque é que em quatro meses do ano passado não foi registrado nenhuma ação criminosa contra instituições financeiras, ou seja, a redução foi de 100% em comparação ao ano anterior. Os períodos que zeraram de ocorrência em 2019 foram junho, agosto, setembro e novembro. Em 2018, esses mesmos meses tiveram, respectivamente, quatro, três, cinco e quatro casos.

Para André Costa, a troca de informações e a integração entre as forças estaduais e federais tem sido a receita por trás dos bons índices. “O Ceará vem em uma redução contínua desse tipo de crime. Em 2019, por exemplo, não tivemos nenhuma ocorrência envolvendo carro-forte. Isso é fruto de um trabalho sempre integrado entre as Polícias Civil e Militar e as muitas trocas de informações com outros estados da região Nordeste, já que normalmente esses criminosos atuam em outros territórios nordestinos. Destaco também a integração com a Polícia Federal e a PRF (Polícia Rodoviária Federal), que sempre detém informações sobre esses grupos. O uso das nossas tecnologias, como a expansão do videomonitoramento para 43 cidades, o uso do Spia (Sistema Policial Indicativo de Abordagem) e o Big Data também têm colaborado bastante com esses resultados”, pontuou.

Uma das ações que merecem destaque é o fortalecimento do policiamento ostensivo nas cidades interioranas cearenses. É o exemplo da incorporação do Batalhão de Divisas, que passou a integrar o Comando de Policiamento de Choque (CPChoque) da Polícia Militar do Ceará, bem como as investigações conduzidas pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), especialmente o trabalho especializado da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF).

“A incorporação do Batalhão de Divisas ao CPChoque tirou a conotação do patrulhamento de trânsito, que antes era ligado ao BPRE. Então os policiais militares receberam toda a doutrina, o treinamento e o armamento no padrão do Comando de Choque. Dessa maneira, nós praticamente dobramos as equipes, que somaram-se ao policiais do Cotar (Comando Tático Rural). Então, hoje, possuímos um patrulhamento ainda mais voltado à prevenção a esse tipo de ocorrência. Há, obviamente, o trabalho da Polícia Civil, que algumas vezes se antecipa e evita que o crime aconteça. No entanto, mesmo o delito acontecendo, a DRF investiga, prende e evita que aquele grupo pratique novos crimes.”, destacou o secretário.

O patrulhamento aéreo também é um forte aliado no combate aos crimes contra as instituições financeiras em território cearense. Por isso, o Governo do Ceará realizou a interiorização das bases da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da SSPDS, que hoje está presente nas cidades de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Quixadá e Sobral, o que possibilitou mais agilidade nos atendimentos das ocorrências em todas as regiões do Estado.

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