PCCE deflagra operação e desmonta esquema de crimes cibernéticos e golpes contra locadoras de veículos

10 de dezembro de 2025 - 11:28 # # # # #

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), com apoio da Coordenação-Geral de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça (Ciberlab/MJ), da Polícia Civil de São Paulo e da Polícia Civil do Tocantins, deflagrou, nesta quarta-feira (10), a Operação “Checkout”. A ação teve como foco o enfrentamento a fraudes cibernéticas que resultaram na subtração de dezenas de veículos pertencentes a uma empresa nacional do ramo de locação.

Durante a operação, um homem, de 29 anos, com antecedentes por furto, foi preso no bairro Cidade Alpha, no Eusébio, pertencente à Área Integrada de Segurança 13 ( AIS 13). Com ele e com os demais alvos, foram apreendidos aparelhos celulares, computadores e dois veículos de luxo. Ao todo, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva.

As diligências são decorrentes de uma investigação que identificou um esquema estruturado que utilizava credenciais corporativas obtidas de forma fraudulenta para acessar, de maneira indevida, a plataforma de reservas da empresa vítima. A partir disso, os suspeitos realizavam locações falsas que possibilitaram a subtração de 68 veículos da empresa. Ainda conforme levantamentos policiais, os automóveis eram posteriormente revendidos em redes sociais, aplicativos de mensagens e até na chamada “Dark Web”.

Integração

Para dar cumprimento às ordens judiciais, equipes da PCCE foram mobilizadas nos municípios de Fortaleza, na Barra do Ceará (AIS 8) e Eusébio (AIS 13), enquanto as polícias civis de São Paulo e Tocantins executaram 12 mandados de buscas na capital paulista e três em Palmas, no Tocantins. Além das medidas de busca e apreensão, o Poder Judiciário determinou ainda a quebra de sigilo telemático e telefônico dos investigados, o que ocasionou o bloqueio judicial de veículos e o bloqueio de R$ 3 milhões de cada suspeito.

Os suspeitos são investigados pelos crimes de invasão de dispositivo informático, furto qualificado por meio eletrônico, falsidade ideológica, organização criminosa e, ainda, poderão responder por lavagem de dinheiro, cujas penas podem ultrapassar 35 anos de prisão e multa. As investigações seguem em andamento com o objetivo de identificar e responsabilizar todos os envolvidos, bem como comprovar indícios de que parte dos veículos era destinada a práticas criminosas, como desmanche e envio para países vizinhos.