Pela primeira vez, Ciopaer/SSPDS promove Desafio Aerotático com objetivo de escolher equipe para competição nacional

11 de agosto de 2025 - 17:18 # # # #

Entre os dias 11 e 13 de agosto, a Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) realiza o I Desafio Aerotático Interbases. O evento reúne 18 competidores das bases da Ciopaer, em Fortaleza, Sobral, Juazeiro do Norte, Quixadá e Crateús que disputam entre si vagas para o Encontro Nacional de Aviação de Segurança Pública 2025 (Enavseg 2025). As provas de Salvamento em Altura, Salvamento Aquático e Tiro Embarcado acontecem em Fortaleza e Aquiraz.

“Desejo que essa competição transcorra dentro da normalidade, preservando a integridade e a saúde física dos nossos competidores, todos operadores aerotáticos da Ciopaer. Que essa disputa também seja baseada na lisura e na ética, valores inegociáveis para todos aqueles que integram as Forças da Segurança Pública, aqui no Ceará e em todo o Brasil”, saudou o coordenador da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), o coronel Marcus Costa, durante a abertura do evento.

As provas do I Desafio Aerotático da Ciopaer ocorrem no estacionamento da Escola Camilo Léllis, em Fortaleza; e no Riviera Beach Club e Clube Shooters, em Aquiraz. Na manhã desta segunda-feira (11), três duplas das bases da Ciopaer situadas em Fortaleza, Sobral e Juazeiro do Norte, disputaram a prova de Salvamento em Altura. O objetivo foi testar o conhecimento e a técnica dos competidores em situações onde uma suposta vítima com fratura fechada é resgatada com o emprego direto de uma aeronave.

“Essas três atividades (salvamento em altura, salvamento aquático e tiro embarcado) são as nossas principais ações. Temos outras, mas já a partir dessas três conseguimos estabelecer uma competição interna, buscando a união com as equipes de todas as bases da Ciopaer. O objetivo final dessa competição é integrar as bases da Capital e do Interior e eleger os nossos melhores para nos representar no Enavseg”, reforçou o coordenador da primeira prova, de Salvamento em Altura, sargento Leite.

A primeira prova

A prova de Salvamento em Altura foi dividida em quatro fases. Após o silvo do apito, as duplas de competidores correm em direção a uma torre de quatro andares, onde precisam subir por escadas do tipo marinheiro. Após a chegada na parte superior, eles se equipam com duas mochilas, uma maca do tipo envelope e uma outra de Atendimento Pré-Hospitalar (APH). Após a autorização do árbitro, descem de rapel até a suposta vítima. A última etapa envolve a estabilização e resgate da vítima, que pesa cerca de 80 kg, o que é bem mais delicado.

Todas as duplas começam com 10 pontos e os juízes avaliam dois critérios: o técnico e o tempo. Sai na frente, com dois pontos a mais, a dupla que encerra mais rápido. “Quando começa a prova, o coração acelera e você faz o que treinou para fazer”, define com emoção o cabo Cavalcante, da base da Ciopaer em Sobral. Os oito pontos restantes são descontados, com décimos de ponto, sempre que um dos competidores cometer um dos 19 erros comuns entre operadores aerotáticos. Vence a dupla com maior pontuação.

A primeira dupla vencedora

“Às vezes, consigo identificar o que meu parceiro está me pedindo somente com um olhar. Essa sintonia faz total diferença na hora do resgate”. Essa foi a fórmula do sucesso para que o bombeiro militar cabo Cavalcante alcançasse o topo do pódio ao lado do policial militar cabo Mota na prova de Salvamento em Altura, nesse segunda (11). A “sintonia” entre os dois garantiu a realização da prova no menor tempo e, ainda por cima, com um pequeno número de erros, o que carimbou o primeiro lugar para a equipe da base da Ciopaer Sobral.

“A gente acredita que a população nos vê com muito apreço pelo trabalho que realizamos. Não só na Segurança Pública, como também no patrulhamento e na prevenção de ocorrências nos jogos (esportivos), em situações de acidentes, nas remoções de vítimas, nos transportes de pacientes e de órgãos para os hospitais”, assegura o cabo Mota. Para além dessas atribuições, os agentes da Ciopaer ainda são capazes de levar esperança, na opinião do cabo Cavalcante, quando atuam na busca de desaparecidos.

“Já vinha vários dias que as equipes da polícia vinha realizando essa busca (em Monsenhor Tabosa), com os cães farejadores atuando, e quando a Ciopaer chegou parece que renovou aquela esperança. Foi uma renovação para aquela família, uma esperança a mais de poder encontrar o seu familiar. Então, vejo que as asas rotativas da Ciopaer representam isso para a população cearense: esperança”, conclui o cabo Cavalcante.