Dia do Motociclista: SSPDS destaca a variedade e a excelência do motopatrulhamento do estado
27 de julho de 2025 - 10:34 #BPMA #BPTur #CPRaio #dia do motociclista #PMCE #SSPDS
Um símbolo eterno da juventude moldado para servir o povo cearense com prontidão, disciplina e precisão. Neste 27 de julho, Dia do Nacional do Motociclista, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) embarca junto a cinco policiais militares para conhecer um pouco da trajetória e do dia a dia dos motociclistas da Polícia Militar do Ceará (PMCE). A missão é desvendar a origem da paixão pelo motociclismo e saber deles quais são os desafios diários e os cuidados que todo motociclista precisa ter na hora de encarar o trânsito do estado.
Atualmente, as altas cilindradas das motocicletas da PMCE atendem aos 184 municípios cearenses. Somente o Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) dispõe de 79 bases espalhadas pelo Estado. São 3.049 policiais especializados e 1.458 motocicletas para atuar com prontidão em prol do povo cearense. Além dos raianos, a PM também realiza o motopatrulhamento pelos Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRE), Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur), Batalhão de Polícia do Meio Ambiente (BPMA) e motopatrulhamentos dos 25 Batalhões Policiais Militares (BPMs).
O diferencial do motopatrulhamento é a rapidez e o contato direto com a população, além da agilidade com a qual os policiais militares conseguem se movimentar, até mesmo nos menores espaços e em toda variedade de terreno. “O BPMA trabalha mais na prevenção e no combate aos crimes ambientais. Então, treinamos mais a condução nas trilhas. O BPRE atua nas ocorrências de trânsito e no asfalto. Já o CPRaio age em situações onde a viatura não consegue entrar, quando é preciso fazer a apreensão de armas e drogas”, enumera o soldado Lucena, do BPMA.
Os modelos de motocicletas utilizadas e a formação adotada pelos policiais são outros diferenciais de cada policiamento. “Um policial em uma motocicleta do CPRaio chama muita atenção. O barulho do motor, a postura do piloto, o uniforme, a formação, com três ou quatro motos, e a padronização da abordagem comunicam a prontidão, a agilidade e a autoridade desses policiais. A população, de uma forma geral, associa essa imagem a um policiamento firme, presente e dinâmico”, atesta o soldado Cabral, do CPRaio.
O mesmo tipo de abordagem, por exemplo, soaria intimidador nos casos onde policiais do BPTur precisassem atender a um turista, ou a um cidadão comum, nas áreas de orla do estado, do município de Camocim até o Icapuí, ou mesmo na área do Aeroporto Pinto Martins e da Rodoviária Engenheiro João Thomé, em Fortaleza. A variedade de serviços prestados à população e as diferenças de preparo e conhecimento que o policial militar precisa ter para atender cada um desses segmentos é o que faz o tenente Adriano, do BPRE, ser contundente. “(O motopatrulhamento) É diferente de qualquer outra modalidade de policiamento”.
“Para conseguir ingressar no Grupo Tático Rodoviário (GTR) do BPRE, é preciso passar por uma capacitação ofertada pela Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp). O Curso Tático Operacional com Motocicletas da Aesp é o que habilita de maneira prática e teórica o policial militar a trabalhar com o policiamento de trânsito em motocicletas, experiência altamente válida para qualquer policial”, recomenda o tenente do BPRE. Além deste curso, a Aesp dispõe de um outro curso voltado para o CPRaio, o Curso Especial de Policiamento com Motocicletas (CEPM).
A moto é a prata da casa
Mesmo que atuem em espaços e com objetivos tão diferentes, uma coisa une a maioria dos motociclistas da Polícia Militar. Grande parte deles desenvolveu a paixão pelo motociclismo muito pequeno e teve como grande influência a figura do pai. “Meu pai sempre teve uma moto grande, com aquele som grave, vibrante e característico, isso me encantava. Lembro que contava as horas para vê-lo chegar”, revela o soldado Cabral, do Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio).
Em outros casos, é possível perceber que não é preciso, nem mesmo, o ronco do motor, apenas o toque, para despertar a paixão pelo motociclismo. Basta ter apenas um pouco de imaginação e deixar a fantasia acontecer na cabeça de uma criança. “Isso daí é um princípio que surge na infância. Quando eu nem alcançava os pés no chão em cima da moto, meu pai já me colocava no tanque (com a moto desligada) para ´pilotar´. Por isso, eu acredito que essa paixão é algo que se passa de pai para filho”, relembra o soldado Lucena do BPMA.
Talvez por isso, muitos motociclistas compartilham a mesma opinião do tenente Adriano: “Pilotar motocicletas é uma terapia”. O que não quer dizer ausência de risco. “Tenho minha moto particular e, no dia a dia, sempre tomo os devidos cuidados no trânsito: uso o capacete, respeito as faixas de velocidade e piloto sempre no meio da faixa”, instrui o soldado Joilson, do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur). Mesmo que a motocicleta seja uma excelente ferramenta, dentro e fora da atividade policial, o ato de “dirigir por si e pelos os outros” é o recomendado a todos os motociclistas.
“Você vê que a moto é um instrumento rápido, no entanto, você precisa duas vezes mais de cautela”, alerta o soldado Lucena do BPMA. “A motocicleta, costumamos dizer, é o transporte feito para cair. Mas os riscos diminuem muito tomando os devidos cuidados. Cuidados como dirigir com total atenção, por você e pelos outros, respeitar os limites de velocidade e conhecer o seu próprio equipamento, para não forçar a motocicleta mais do que ela é capaz de suportar”, acrescenta o tenente Adriano do BPRE.
A história do motociclismo
O Dia Nacional do Motociclista foi instituído em 1984, em memória ao ex-mecânico de motocicletas Marcos Bernardi, que faleceu em um trágico acidente no dia 27 de julho de 1974. A escolha da data foi uma sugestão de Rogério Gonçalves, proprietário de uma concessionária, e oficializada pelo então deputado Alcides Franciscatto. A história do motociclismo na Polícia Militar, entretanto, nasceu bem antes, em 1930, no estado de São Paulo, com a realização de escoltas nas ocorrências de incêndios do Corpo de Bombeiros.
Em 1972, o Ceará deu início ao patrulhamento de motocicletas por meio das escoltas de autoridades do Estado. Graças à facilidade de acesso a locais de forma mais ágil e precisa, nasceu o primeiro Pelotão de Motocicletas no 5º Batalhão de Polícia Militar (5º BPM), no ano de 1997. Em 2004, com a modernização da Polícia Militar do Ceará, surgiu a maior unidade operacional de policiamento em motocicletas do Brasil, o Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio), que 15 anos mais tarde seria elevado para condição de Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio).
Outros batalhões
Em 1969, a gestão do trânsito ficou a cargo da Polícia Militar do Ceará (PMCE), e a companhia passou a chamar-se Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran). Anos depois, em 1983, transformou-se em Companhia de Policiamento Rodoviário (CPRV). Em 2019, com a reestruturação da PMCE, ocorreu uma mudança na sigla, passando a ser chamado Batalhão de Polícia de Trânsito Urbano e Rodoviário Estadual (BPRE), já contando com o apoio do patrulhamento de motocicletas do Grupo Tático Rodoviário (GTR).
Com uma movimentação maior de pessoas nos espaços públicos da Capital e no litoral cearense, a Polícia Militar passou a contar, a partir de 2021, com o Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur). Em Fortaleza e na Região Metropolitana, o BPTur tem postos de apoio no Aeroporto Internacional de Fortaleza – Pinto Martins, no Terminal Rodoviário Engenheiro João Thomé, na avenida Beira Mar, na Praia do Futuro, no Porto das Dunas (Aquiraz) e no Cumbuco (Caucaia). Além da Capital, o Batalhão também está presente em outras cidades litorâneas do Ceará, como Jericoacoara, Camocim e outras, cobrindo toda a extensão da costa cearense.
Por fim, o BPMA da PMCE foi criado em 30 de agosto de 1991, com a transformação do antigo Pelotão de Policiamento Ecológico, que pertencia ao 5º Batalhão da PMCE. Sua origem remonta à necessidade de combater crimes ambientais e proteger a fauna e flora do Estado. A criação do BPMA foi um marco na história da PMCE, pois representou a institucionalização de um policiamento especializado na área ambiental, até então inédito no estado. O BPMA atua em todo o estado do Ceará, com subunidades em Fortaleza, Sobral e Juazeiro do Norte, utilizando diferentes tipos de policiamento, como em viaturas, motocicletas, bicicletas e embarcações.