Estatísticos e geógrafos da Supesp/SSPDS: gestão de dados e estratégias para combate ao crime no Ceará
29 de maio de 2025 - 11:44 #dados #Diesp #Dipas #GESTÃO #PReVio #Supesp
As políticas de segurança pública do Estado não dependem apenas de policiais para serem implementadas. Para entender o crime e suas circunstâncias no Ceará, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) conta com os estatísticos e geógrafos da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), profissionais responsáveis por coletar e interpretar de forma estratégica os dados de delitos praticados, além de entender o espaço em que eles ocorrem. Nesta quinta-feira (29), por ocasião do aniversário de criação do Instituto Nacional de Estatística, é comemorado o Dia do Estatístico e o Dia do Geógrafo, e a SSPDS destaca a importância desses especialistas, que fazem a gestão de dados e estratégias para o combate ao crime no Estado.
O superintendente da Supesp, Nabupolasar Feitosa, destaca que a vinculada da SSPDS é o órgão responsável por compilar os números relativos à segurança pública e oferecê-los à sociedade abertamente. Para isso, a atuação dos estatísticos é fundamental. “O estatístico é treinado para organizar números diversos e fazer com que eles tragam uma informação. Eles interpretam os números, e isso se transforma em uma informação para que o gestor tome suas decisões. Então, grandes decisões no Ceará, na área da Segurança Pública, são tomadas a partir de números que foram trabalhados, interpretados na Supesp, a partir do trabalho de estatísticos”, ressalta.
O diretor de Estatística e Geoprocessamento da Supesp, Franklin Torres, acrescenta que além do trabalho da gestão dos dados e tratamento deles, os estatísticos também são responsáveis por estudos, análises estatísticas, diagnósticos, publicações e a publicização dessas informações para a sociedade. “Nossa principal missão é tornar os dados sempre mais acessíveis para todos os públicos, desde técnicos até gestores e cidadãos, e promover cada vez mais a transparência e a disseminação de informações de segurança pública de forma eficiente e intuitiva”, pontua.
Franklin afirma que é muito gratificante colocar em prática o que viu na universidade e trazer os conhecimentos e as técnicas estatísticas para contribuir com a Segurança Pública do Ceará. “Inclusive promovendo o diálogo, o intercâmbio e uma aproximação com o Departamento de Estatística e Matemática Aplicada da Universidade Federal do Ceará (UFC), que foi onde todos os estatísticos que fazem parte da Supesp se formaram”, comemora.
Geógrafos
Entretanto, como explica Nabupolasar Feitosa, toda ação acontece em um espaço, que também deve ser compreendido. Para isso, a Supesp conta com os geógrafos, que são responsáveis por entender essas áreas. “O geógrafo é aquele que interpreta as relações dentro do espaço. Então, os números são trabalhados pela estatística, e os geógrafos especializam, colocam em um cenário e interpretam para nós. E isso é fundamental, por exemplo, para alocarmos um batalhão, uma companhia, para implementar uma patrulha”, destaca o superintendente.
O geógrafo da Diretoria de Pesquisa e Avaliação de Políticas de Segurança Pública (Dipas), Eudázio Sampaio, complementa que esses profissionais indicam as áreas que são vulneráveis, em que é necessário que o estado tenha uma atuação. “Na Dipas, especificamente, realizamos a elaboração cartográfica, mapeando os fenômenos, indicando áreas que necessitam de uma atenção maior”, reitera. Ele afirma que, a partir dos diagnósticos feitos pela Supesp, foram indicados os territórios que passaram a compor o Programa Integrado de Prevenção e Redução da Violência (Previo) – Fortaleza, Maracanaú, Maranguape, Caucaia, Itapipoca, Sobral, Iguatu, Quixadá, Juazeiro do Norte e Crato. “Dentro desses municípios, nós ajudamos a definir quais seriam os bairros que seriam prioritários para receber os projetos”, comenta.
Já na Diretoria de Estratégia de Segurança Pública (Diesp), este profissional atua na produção de análises espaciais integradas, no desenvolvimento de estudos estratégicos e na elaboração de documentos, como planos táticos e estratégicos, explica o geógrafo Flávio Moreira. “A sua função consiste em transformar dados espaciais e socioeconômicos em inteligência territorial, sendo o suporte para decisões que corroborem com as diversas vinculadas da Segurança Pública do Estado”, afirma.
Reestruturação
Diante da grande importância do trabalho da Supesp, a Superintendência passou, neste ano, por uma reestruturação e dobrou a sua capacidade de trabalho. “No setor de estatística, por exemplo, que é a alma da Supesp, aumentamos em 50% o número de servidores. Para o andamento legal, nós criamos um setor jurídico próprio e temos, agora, um responsável pelo controle interno e ouvidoria. Criamos também a nossa Assessoria de Desenvolvimento Institucional, que me assessora no acompanhamento das grandes questões de organização, por exemplo, refazer o nosso planejamento estratégico de quatro anos”, diz Nabupolasar.
Franklin afirma que a equipe de estatísticos da Supesp ficou muito feliz com a reestruturação, já que foi o setor, que começou como célula em 2009, que deu origem à Superintendência. “Vemos como um reconhecimento essa promoção da Gerência de Estatística para uma Diretoria da Supesp. Também houve aumento de efetivo, passamos de oito estatísticos para 12, e assim poderemos contribuir cada vez mais e melhor para a sociedade cearense e para as estatísticas de segurança pública”, ressalta.
Eudázio também comemora a reestruturação. “Tivemos o incremento do quadro de servidores e, com isso, a ampliação das nossas possibilidades de realização de trabalhos diversos. Então, como temos atuado na ampliação dos painéis dinâmicos e na elaboração de diagnósticos de violência e vulnerabilidade, a chegada desses servidores traz a possibilidade de aumentar a resposta para as vinculadas da SSPDS e também para outras pastas transversais”, exemplifica.
Flávio acrescenta que, com a reestruturação, o papel do geógrafo passou a ser ampliado e integrado mais sistematicamente aos processos de planejamento estratégico. “A nova configuração fortaleceu o uso das geotecnologias, proporcionou maior integração entre as novas áreas técnicas, o que valorizou o território como nexo fundamental para o desenvolvimento da análise que auxiliem políticas públicas para a segurança do cearense”, finaliza.
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