Alunos do Curso de Auxiliar de Perícia realizam dinâmica de Balística Forense
10 de fevereiro de 2022 - 13:56 #Balística #estudos #Formação #Pefoce #perícia
Um dos principais meios utilizados na elucidação de casos em locais de crime são os procedimentos e técnicas utilizadas na identificação dos tipos de armas e munições e, até mesmo da própria pólvora, expelidas por projéteis. Diante disso, 107 alunos do Curso de Formação Profissional para Auxiliar de Perícia – Classe A – Nível I participaram, nesta quinta-feira (10), de uma capacitação na Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp/CE). O objetivo é compreender durante as aulas como funciona a balística forense.
A disciplina, de 18 horas/ aula, é ministrada por profissionais especialistas na prática criminalística. Na ocasião, são abordados assuntos que trabalham as principais classificações e partes que compõem uma arma de fogo. Durante as aulas também são apresentados de simulacros (dispositivos com aparência de objetos inofensivos, mas que escondem uma arma); itens que compõe um cartucho; exames em armas de fogo e munições; tipos de lesões ocasionadas por armas de fogo e cadeia de custódia, dentre outros assuntos, que irão auxiliar o profissional durante o exame pericial.
“Conhecer a munição e suas características é importante tanto em termos de perícia, como também em termos de segurança da própria pessoa que vai utilizar a arma. Dessa forma, o objetivo da aula é levar a teoria para prática, pois é algo que se não precisar na vida diária, vão precisar no seu trabalho pericial, no seu trabalho na Pefoce”, explicou o perito criminal Francisco Andreazio Lobo de Andrade, instrutor do grupo três.
Durante a manhã de hoje (10), os alunos participaram de uma dinâmica utilizando balança digital e paquímetro. Na ocasião, eles puderam medir e qualificar alguns calibres através das medidas do cumprimento, base e massa do projétil, que posteriormente, eram identificados em uma planilha, conforme os tipos de calibres e as especificações de cada fabricante.
Segundo o instrutor Robson Breno, que atua no Núcleo Balístico da Perícia Forense do Ceará, essa atividade irá possibilitar que os alunos possam entender como é feita a caracterização de alguns projéteis e estojos. “No nosso dia a dia, encontramos armas de diversos calibres, então é importante ter essa experiência de saber as características como massa, diâmetro e altura do projétil. Principalmente, saber qual é o calibre referente aquela munição. Trouxemos alguns equipamentos de medição, no caso dos projéteis a gente usa paquímetro, um equipamento bem mais preciso e uma balança de precisão. Com as informações como massa, dimensões de base e altura, os alunos conseguem identificar, pesquisando na tabela dos fabricantes, qual o calibre correspondente”, aponta o instrutor.
Para a aluna do grupo 3 do Curso de Auxiliar de Perícia, Júlia Cristina Lima Ferreira, a balística forense é algo que chama bastante sua atenção nessa profissão. “Essa disciplina está sendo maravilhosa porque está aliando a prática com a teoria. Sempre gostei muito desse universo das armas, estou conseguindo me identificar cada vez mais. Com certeza era o que eu gostaria de fazer, estou muito ansiosa para poder fazer parte dessa equipe da Pefoce”, ressaltou a participante.