Comitiva da Supesp visita Superintendência de Gestão de Riscos no Piauí

5 de outubro de 2021 - 18:09 # # # #

Mantendo o trabalho de intercâmbio com instituições e órgãos que atuam com inovação e tecnologia para a área da segurança pública, uma comitiva da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp) visitou, na manhã desta segunda-feira (04), a Superintendência do Sistema de Gestão de Riscos (Sugris), da Secretaria de Segurança do Estado do Piauí, com o objetivo de conhecer sistemas e tecnologias que vem colaborando com as forças de seguranças e promovendo um impacto positivo no cotidiano dos cidadãos.

Um dos sistemas que tem sido destaques naquela gestão piauiense é o que toma por base a metodologia de Análise de Risco em Segurança Orgânica (Arso). De acordo com a superintendente do Sistema de Gestão e Riscos e idealizadora da aplicação do método, a delegada Eugênia Villa, no caso de detentos, nos quais já está sendo aplicada o sistema, são definidas as categorias analíticas levando em consideração, por exemplo, a saúde física, psíquica, os vínculos familiares, a questão do nível de instrução para saber as condições físicas e as condições psicológicas da pessoa na sua individualidade, a fim de que se possa colocar elas em programas sociais da União, do Estado e em programas municipais. O projeto é desenvolvido em parceria com a Agência de Tecnologia da Informação do Piauí (ATI) e o sistema de avaliação de risco social no sistema Sasc, referente aos reeducandos sujeitos a medidas socioeducativas.

A comitiva da Supesp foi formada pelo superintendente Dr. Helano Matos e pelos assessores Ricardo Catanho, da Diretoria de Estratégia e Segurança Pública (Diesp), e Raif Carneiro Gomes, da Diretoria de Pesquisa e Avaliação de Políticas de Segurança Pública (Dipas). Também marcaram presença no encontro, realizado no gabinete da Superintendência de Gestão de Riscos, a doutora Livi Zanatta Ribeiro, analista de dados jurídicos da UNODC – United Nations Office on Drugs and Crime (Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crime) e mestranda em Direito pela Universidade de Brasília (UNB).

Além de várias autoridades, participaram ainda do encontro a vice-governadora do Estado do Piauí, Maria Regina Sousa, o secretário de Segurança Pública do Piauí, Rubens Pereira da Silva, o secretário de Justiça, Carlos Edilson Rodrigues Barbosa de Sousa, a superintendente do Sistema de Gestão de Riscos, Eugênia Villa, e a promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial, Dra. Fabrícia Barbosa de Oliveira.

Segundo o superintendente da Supesp, Helano Matos, esse intercâmbio com outras instituições ligadas à segurança pública é muito importante para ampliar e fortalecer o conhecimento e a experiência do que está sendo desenvolvido no Ceará. “Com a troca de informações, vemos onde podemos melhorar, sempre pensando em tecnologias e inovações aplicadas à segurança”, destacou.

Inovação

Na ocasião, foram apresentados pela Superintendência de Gestão de Riscos do Piauí tecnologias como o aplicativo Salve Maria, lançado em 2018 e que já foi acionado em mais de 30 cidades do Piauí, tendo sido baixado por mais de oito mil pessoas. A tecnologia é uma aliada no combate ao feminicídio e à violência contra a mulher. Segundo Helano Matos, o intercâmbio foi muito positivo e surpreendeu pela inovação, planejamento e avanço que o trabalho feito pelos órgãos do Piauí já alcançaram. “No nosso caso, estamos adiantados no planejamento de risco e muitos órgãos precisam fazer esse plano organizacional que já é feito aqui no Piauí e, em relação à segurança, classificar as pessoas que estão presas, por exemplo, para que tanto policial tenha e outros operadores da segurança possam avaliar os riscos que aquele indivíduo representar para a sociedade. O magistrado terá elementos e subsídios mais consistentes para realizar essa avaliação numa audiência de custódia”, explicou Helano, ratificando que é uma das metas do seu trabalho dentro da Supesp.

O superintendente também apresentou os projetos e sistemas desenvolvidos pela vinculada no Ceará, como o Sigo – Sistema de Georreferenciamento Operacional – já utilizado pelo Corpo de Bombeiros do Estado do Ceará (CBMCE); o Status – Sistema Tecnológico para Acompanhamento de Unidades de Segurança; e o Programa Cientista Chefe.