Prevenção de afogamentos: projeto do CBMCE já formou mais de 500 voluntários

28 de agosto de 2021 - 11:55 # # # # # # # # # #

Compartilhar conhecimento tem um potencial transformador para um mundo melhor. Quando a partilha é feita para causas de interesse comunitário, o resultado pode salvar vidas. O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), em sua essência, mobiliza todo seu aparato técnico e humano em defesa da vida. Além de atendimento às ocorrências, a corporação também se dedica a capacitar voluntários que atuam na prevenção de afogamentos, por meio do Projeto Kitesurf Guarda-Vidas, fundado em 2013. De lá para cá, cerca de 500 voluntários já foram certificados pela iniciativa.

De acordo com o coordenador do projeto, Gledson Barbosa, tenente-coronel do CBMCE, os voluntários formados são instrutores de kitesurf e praticantes da modalidade, que auxiliam na prevenção de afogamentos e na preservação do meio ambiente no litoral cearense. Conforme o militar, o interesse dos atletas colabora para um mundo melhor. “Esse projeto reflete totalmente o lema do Corpo de Bombeiros, ‘Vidas Alheias e Riquezas a Salvar’. Pautamos nosso trabalho nas ações de prevenção aos acidentes e, sobretudo, ajuda ao próximo”, explica.

Foto: Arquivo

O projeto faz parte da grade de iniciativas sociais do Centro de Treinamento em Desenvolvimento Humano (CTDH) do CBMCE. Com núcleos em Jericoacoara, Trairi, Cumbuco e Barra do Ceará, a formação contém disciplinas que unem teoria e prática de Salvamento Aquático, Atendimento Pré-Hospitalar (APH), Prevenção de Acidentes com Kitesurf e Técnicas de Resgate com o emprego do Kite. No final das aulas, os estudantes participam de um simulado de resgate de afogamento.

Cada turma tem, em média, 30 velejadores de todos os gêneros. Segundo o coordenador, as aulas são específicas para os praticantes de kitesurf, para minimizar possíveis riscos de acidentes entre os atletas.

O velejador, Márcio Hernandez, é um dos voluntários que participou da formação e celebrou a parceria entre os praticantes do esporte e o Corpo de Bombeiros. “É importante que, quando estamos dentro da água, devemos entender que podemos fazer a diferença em uma situação de emergência por vários motivos. O principal deles é que estamos, muitas vezes, em locais, no momento em que os bombeiros ainda não chegaram para realizar o resgate. Nosso papel é prestar esse primeiro socorro”, detalha.

O voluntário lembra que, pouco após concluir o curso, participou de um resgate. “Houve um acidente com um velejador e, graças a esse treinamento, retiramos a pessoa da água, imobilizada, seguindo todos os protocolos que aprendemos. Ela estava com uma possível lesão na cervical, saiu imóvel da água e no dia seguinte, já estava com os primeiros movimentos. Cinco dias depois, já estava caminhando. Então, o que podia ser uma lesão grave, seguindo os protocolos que aprendemos, não foi”, completa.

As aulas, porém, foram suspensas durante o período mais crítico da pandemia de coronavírus. Com a flexibilização prevista nos recentes decretos estaduais, os encontros presenciais foram retomados. A turma mais recente encerrou a formação na manhã de sábado (28), Dia do Voluntariado, na Ilha do Grajirú, em Trairi. “Tivemos turmas pouco antes da pandemia e retornamos agora, com um treinamento que começou na quinta-feira (25) e foi encerrado no fim de semana”.

Dia do Voluntariado

O Dia Nacional do Voluntariado foi instituído por meio da Lei Nº 7.352/1985. A data, desde então, é celebrada anualmente para destacar as ações de pessoas que dedicam seu tempo para ajudar o próximo.