Polícia Civil, SAP e MPCE deflagram operações de combate ao crime organizado no Ceará
14 de agosto de 2020 - 18:12 #DHPP #DPJC #DPJM #DTO #Gaeco #Ministério Público do Estado do Ceará #MPCE #MPSP #NUINC #Operação Fluxo de Caixa #Operação Prisioneiras #PCCE #Polícia Civil #SAP #Secretaria de Administração Penitenciária
A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) participou, na manhã desta sexta-feira (14), das operações “Fluxo de Caixa” e “Prisioneiras”, ambas deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). As ofensivas também contaram com equipes da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). O objetivo é desarticular a ação de integrantes de duas organizações criminosas, uma com atuação em todo território nacional e outra com atuação numa região específica de Fortaleza.
A Polícia Civil empregou 30 agentes lotados nos departamentos Técnico Operacional (DTO), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Polícia Judiciária da Capital (DPJC), de Polícia Judiciária Metropolitana (DPJM) e de Polícia Judiciária Especializada (DPJE).
As duas operações resultaram no cumprimento de 11 mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão. Os mandados judiciais foram expedidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Estado do Ceará e foram cumpridos por equipes do DTO da Polícia Civil nos municípios de Fortaleza e Maracanaú; e pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) nas unidades prisionais José Sobreira de Amorim, CPPL II, IPPO II e Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa.
“Fluxo de Caixa”
A operação denominada “Fluxo de Caixa” iniciou a partir de informações fornecidas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP). Na ocasião, o relato dava conta da prisão de um indivíduo que admitiu ser integrante de uma grupo criminoso com atuação em todo território nacional. Na posse dele foi encontrado um documento contábil com a indicação de várias contas bancárias e valores, tudo separado por Estado da Federação.
O indivíduo admitiu que a contabilidade com ele apreendida se referia a comprovantes de depósito do país inteiro. Após análises, foi possível concluir que ele fazia depósitos, uma espécie de “ajuda”, a partir do dinheiro arrecadado pela organização criminosa. A ação tinha o intuito de beneficiar integrantes ou colaboradores do grupo de outros Estados da Federação.
Nesse contexto, foi possível identificar os titulares das contas bancárias usadas no Estado do Ceará e, a partir daí, foi descortinado um esquema criminoso que envolve tráfico de drogas, associação para o tráfico e a eventual prática de lavagem de dinheiro.
“Prisioneiras”
No que concerne à operação “Prisioneiras”, as investigações iniciaram após inspeção extraordinária realizada pelo Núcleo de Investigação Criminal (NUINC), órgão do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), no ano de 2017, no Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa (IPF), em Aquiraz. Na ocasião, foi constatada uma grande quantidade de celulares em poder das detentas, razão pela qual foram apreendidos vários aparelhos na unidade prisional.
Após autorização judicial, foi realizada a extração de dados dos celulares apreendidos, o que ensejou na descoberta de diversas condutas delitivas praticadas por uma associação criminosa voltada para o tráfico de drogas na região do bairro Vila Peri, Área Integrada de Segurança 5 (AIS 5) de Fortaleza. A maioria integrava um grupo com atuação mais incisiva no Estado do Ceará.
*Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE)