Forças de segurança e MPCE prendem suspeitos de falsificação de documentos

24 de outubro de 2019 - 17:13 # # # # # #

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), por meio da Coordenadoria de Inteligência (Coin), e o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), deflagraram, na manhã desta quinta-feira (24), mais uma fase da Operação Saratoga, com objetivo de atingir o núcleo de um grupo criminoso responsável pela falsificação de documentos públicos e particulares. Os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram cumpridos contra membros que atuam em Fortaleza e Região Metropolitana.

A operação montada nesta quinta tinha com alvos um advogado e um contador, cujos mandados de busca e apreensão foram cumpridos em escritórios e nas residências deles. As ações para o cumprimento dos mandados contaram com apoio do Departamento Técnico Operacional (DTO) da Polícia Civil do Estado do Ceará e da Coordenadoria de Inteligência (Coint) da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), já que alguns alvos cumprem pena em unidades do sistema penitenciário do Estado.

Todos os mandados judiciais foram deferidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Fortaleza, com base nas investigações do Gaeco com apoio da Coin. Além dos mandados cumpridos hoje, a Vara de Delitos de Organizações Criminosas deferiu outros cinco mandados de prisão preventiva, que permaneceram em aberto em face da não localização dos acusados.

A investigação

Iniciadas pelo Gaeco com o apoio da Coin, ainda em 2016, as investigações da Operação Saratoga identificaram e individualizaram as condutas criminosas perpetradas por membros de uma organização criminosa especializada na ampla e indiscriminada falsificação de documentos públicos e particulares e no uso e na comercialização sorrateira de tais papéis. O material facilitava a prática dos mais diversos golpes, desde compras fraudulentas no comércio à captação de empréstimos financeiros de altos valores, passando por roubo/furto, receptação e adulteração de veículos automotores, além de fraudes no pagamento de fianças.

Na estrutura da organização criminosa existia uma figura central, que, tendo uma visão global e completa do negócio, fazia o contato com os “clientes”, fornecedores e receptadores e realizava as negociações necessárias para a consecução dos objetivos criminosos do grupo. Tão logo as encomendas fossem realizadas, entrava em cena a célula da organização especializada na confecção física dos papéis.

Os suspeitos eram especializados na fabricação fraudulenta de documentos de transferência veicular (DUTs), carteiras de identidade, carteiras profissionais e de habilitação, títulos de eleitor, cartões de crédito, procurações, “batidas de chassi”, boletos e comprovantes de pagamento de fiança criminal, certificados e certidões escolares, e contracheques. Para cada ramo da atividade, havia um grupo específico dentro da organização para onde era endereçado o material criminoso.

*Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério Público Estadual do Ceará (MPCE).