CBMCE participa de simulação de acidentes comuns no Carnaval junto com a Enel

7 de fevereiro de 2018 - 19:51


Três guarnições de resgate do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) atuaram num simulado realizado, na manhã desta quarta-feira (7), no Instituto Intervalo, dentro do Condomínio Espiritual Uirapuru, em parceria com a Enel. Desde as 6h da manhã, as equipes se revezaram no atendimento a ocorrências modelo, que exemplificam algumas das situações reais mais frequentes durante o Carnaval, envolvendo eletricidade e acidentes. "Boa parte das demandas pelos Bombeiros nesse período são fruto dos excessos e da imprudência motivados pelo consumo de álcool, que leva as pessoas a serem menos cuidadosas e a se exporem a riscos desnecessários", explica o primeiro-tenente João Romário Fernandes Filho.
A primeira situação simulava um acidente automobilístico no qual um carro se chocava contra um poste de energia. O poste, ao cair sob o impacto da batida, deixava um cabo de energia partido ao solo, em contato com a carroceria do automóvel. Neste tipo de situação, os bombeiros aguardam a atuação da Enel para cortar a energia, caso o cabo esteja realmente energizado, ou declarar a segurança do local. "É muito importante assegurar que não haja corrente elétrica no local da ocorrência antes de qualquer ação. Por isso, é absolutamente desaconselhável que a própria vítima tente sair do carro ou que uma testemunha do acidente tente intervir de qualquer forma. Mesmo nossas guarnições esperam a liberação da Enel antes de adentrar o cenário da ocorrência", orienta o tenente.
Em seguida, os militares buscam acessar as vítimas para fazer a avaliação primária e definir quais as intervenções mais urgentes a serem feitas. Se a vítima não apresentar respiração ou batimentos cardíacos, é preciso atuar imediatamente no sentido de restabelecer os sinais vitais. Caso eles estejam presentes, o foco passa a ser a imobilização, a estabilização e a remoção da vítima do interior do veículo – ou a retirada das ferragens que a prendam ao carro, quando for o caso – com consequente transporte dela para o hospital de referência mais próximo.
Uma outra situação simulada foi a queda de um folião do alto de um paredão de som, após encostar em um cabo de energia. Neste caso, quando o contato com a eletricidade tenha sido pontual, os primeiros cuidados da população devem ser os de chamar os bombeiros e de evitar movimentar de qualquer forma a vítima. "Inclusive é importante tentar evitar que a própria vítima, no susto, tente se mexer. Após uma queda de altura superior a dois metros, o risco de lesão na coluna é alto e qualquer movimento mal planejado pode agravar o dano", sugere.
Por fim, houve simulação de choque elétrico simples, com a vítima permanecendo presa ao fio eletrificado. Nestes casos, a orientação é de intervenção imediata, mas prudente, da população. "Deve-se procurar afastar a vítima da corrente elétrica usando um instrumento que não seja condutor de energia, como um cabo de vassoura, por exemplo. Afastado o fio e, tanto quanto possível, isolado, para evitar novas vítimas, deve-se chamar os bombeiros e, se houver alguém habilitado por perto, deve procurar verificar os sinais vitais. Em caso de choque, o sufocamento com a própria língua é uma situação muito frequente, que pode ser contornada puxando a língua da vítima de volta para o local correto, por exemplo", avalia.