Agente penitenciário é preso e confessa homicídio de Johnny Moura

29 de dezembro de 2015 - 19:48

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) elucidou o caso da morte do modelo Johnny Moura Melo (22) e prendeu o suspeito do crime. A captura ocorreu por volta de 23h40 dessa segunda-feira (28), na casa do infrator. Renilson Garcia Araújo Lima (27), sem passagem pela Polícia, é agente penitenciário e confessou a autoria do crime, ocorrido na saída de uma festa, por volta de 5 horas desse domingo (27).

Renilson estava em sua residência, na Rua Joaquim Leitão, bairro Antônio Bezerra, AIS 1 (AIS 1), quando foi rendido pelos policiais e  conduzido à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) – responsável pelas investigações sobre o caso. O homem foi autuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil e por emboscada. No momento da abordagem, ele estava de malas prontas, mas alegou que pretendia se encontrar com o advogado.

O suspeito foi reconhecido por testemunhas oculares do delito. Ele afirmou que o crime não teve a participação de outras pessoas. Sua prisão é o resultado de diligências feitas pelos policiais da DHPP de forma ininterrupta, visando identificar e capturar o agressor.

De acordo com os levantamentos policiais e depoimentos de testemunhas, Johnny foi morto depois de se envolver em uma briga com Renilson. Os dois entraram em luta corporal após a vítima perceber que o suspeito assediava sua namorada. O preso assumiu sua participação na briga e a autoria dos disparos. Mas, nega haver assediado a mulher.

A confusão aconteceu dentro do Buffet onde era realizada a festa, na Avenida Luiz Vieira, bairro Papicu – Área Integrada de Segurança 3 (AIS 3). Os dois homens foram separados por seguranças do local e, em seguida, deixaram o estabelecimento. Ainda nas proximidades, testemunhas informaram que Johnny, já dentro de seu carro, foi surpreendido pelo preso, que puxou sua cabeça para fora do automóvel e desferiu contra ele disparo à queima roupa.
Renilson, por sua vez, alegou que o tiro foi disparado há certa distância. O capturado teria percebido a intenção da vítima de descer do carro e, por isso, logo atirou. Ele disse ainda aos policiais que adentrou ao Buffet armado e não quis deixar a arma no carro com receio de ser visualizada. Somente o laudo pericial poderá apontar as circunstâncias da morte do modelo. Após o crime, o infrator empreendeu fuga em seu veículo, um Honda Civic.

Por ser agente penitenciário, Renilson possuía o registro de porte de arma de fogo, que foi apreendido pela Polícia juntamente com a pistola, de calibre 380 com 12 munições intactas, além de sua carteira funcional de trabalho.