Instrutor de curso de Taser desmente tortura

24 de junho de 2010 - 16:49


As imagens, segundo o major, seguem protocolos internacionais referendados pela fabricante do aparelho e pela Secretaria Nacional de Segurança Pública.
 
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informa que as denúncias em que alunos do curso de formação estariam sendo forçados a serem alvejados com armas taser, que proporcionam choque, não procedem. Os procedimentos que aparecem nas filmagens seguem um protocolo internacional para emprego de armamento Taser.
 
A informação parte do major Wilson Melo, coordenador da disciplina de Armamento e Equipamento da parte específica de Armamentos Não-letais do atual curso de formação a policiais militares. “A notícia de que seria uma tortura aos alunos não procede. Tudo seguiu dentro de protocolos internacionais referendados pela fabricante do produto, a Taser, e a Secretaria Nacional de Segurança Pública, que proporcionou os cursos de capacitação aos brasileiros”, destaca o major, que é instrutor credenciado internacionalmente.

O major ressalta que já capacitou em operadores de Taser, seguindo os mesmos padrões internacionais, policiais que estão empregados no Território de Paz em Fortaleza; no Batalhão de Choque, para policiais do Gate, Cotam e Raio; e para militares do Exército Brasileiro. “Nunca houve qualquer tipo de incidente. Desde 1994 sou instrutor e nunca houve nenhum tipo de problemas nas minhas aulas”, ressalta o major que já foi subcomandante do Batalhão de Choque.
 
Ele destaca que sempre são realizadas demonstrações para mostrar que a arma funciona e para dimensionar ao policial as situações em que ele pode utilizar o armamento. “Colocamos os alunos de joelhos para evitar que eles caiam. E unimos os futuros operadores para mostrar, de forma prática, que a descarga passa pelo corpo. Infelizmente algumas pessoas utilizaram um procedimento correto como uma situação de tortura para ferir a minha imagem e a da instituição”, completa Wilson Melo, que já foi convidado pela fabricante Taser a fazer o curso de instrutor Master, que o capacita a ministrar cursos a futuros instrutores, não somente a operadores.
 
O material foi encaminhado na manhã de hoje, 24, para a Corregedoria Geral dos Órgãos de Segurança e será apurado, junto com a foto em que alunos aparecem tomando água em vasilhas para cães. “Este último caso não foi na minha instrução, não sei em que circunstância aconteceu. Mas da minha parte, que é o emprego da Taser, espero que a corregedoria apure de maneira imparcial e chegue à conclusão de que eu realizei tudo de maneira correta”, completa o oficial.
 
Saiba mais:

Apesar de nãoletal, o emprego da Taser é restrito, sendo direcionado a integrantes da segurança pública – polícias civil e militar, guarda municipal, Exército, dentre outras forças.

O controle de aquisição do armamento Taser pelas forças de segurança é feito pelo Exército, como acontece com as armas letais.
 
Assessoria de Comunicação da SSPDS
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