CPMA e Ibama apreendem lagostas em Acaraú

4 de junho de 2010 - 17:09

Pescadores vão pagar multa e podem pegar de um a três anos de prisão

Operação Impacto Profundo III, deflagrada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em parceria com a Companhia de Polícia Militar Ambiental (CPMA) apreendeu, ontem, 03 de Junho, cerca de 500Kg de lagosta no município de Acaraú, litoral Oeste do Estado.  Durante a operação 13 pescadores foram presos e duas embarcações apreendidas.

Segundo o comandante da CPMA, coronel John Roosevelt Alencar, as embarcações estavam a 55Km da costa quando foram surpreendidas por  fiscais da CPMA. Nos barcos foram encontrados aproximadamente dez mil metros de redes caçoeiras, compressor e marambais. Mesmo já tendo passado o período de defesa da lagosta, que acabou no dia 30 de maio, os pescadores foram flagrados utilizando equipamentos proibidos pela Lei no 9.605 de 1998, conhecida como Lei de Crimes Ambientais.

Os pescadores foram encaminhados à Delegacia Regional de Acaraú. De acordo com o coordenador de fiscalização do Ibama no Ceará, Roufram Cacho, os pescadores foram multados em R$ 1.100 cada. Já os proprietários dos barcos poderão ser penalizados com multa de até R$ 20 mil, uma vez que as embarcações não tinham permissão para estar em alto mar.

Para  o coronel Alencar, as operações realizadas em conjunto com o Ibama “são feitas através de um trabalho embarcado com lanchas e barcos para combater a pesca predatória em todo litoral do Estado.”

Saiba Mais:

O Ibama esta dando um nome específico para suas operações. No caso das apreensões de lagostas foi colocado o nome de Operação Impacto Profundo, inciada em 2008.

Em dezembro de 2009 foi formada uma equipe multidisciplinar, que prioriza a fiscalização da pesca da lagosta. A equipe é formada por fiscais de outros Estados, como Pernambuco, Paraíba, entre outros.

O período de defesa da lagosta é de 1 de dezembro à 30 de maio. Mesmo após este período a fiscalização dos órgãos ambientais    continua.

A rede caçoeira, é uma rede feita de nylon. Os pescadores a colocam em uma posição perpendicular no fundo do mar, para, depois,  puxar e neste momento ela sai destruindo tudo que tem pela frente.

As marambaias, são tonéis jogados no mar com agrotóxico. Um outro tipo de marambaia é feita de pneu, em que os pescadores furam e amarram uma corda, criando uma espécie de arrecife artificial para atrair os crustáceos.

Os compressores são feitos com botijões de gás, onde os pescadores colocam oxigênio e os utilizam  para poder ir ao fundo do mar.

Jornalista Joslen Herbster

Assessoria de Comunicação da SSPDS
Jornalistas Marcos Cavalcante e Nodge Nogueira
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