Polícia Civil deflagra 2ª fase de operação contra estelionatários em Itapipoca

7 de maio de 2021 - 15:49 # # #

Dando continuidade aos trabalhos investigativos para desarticular um grupo criminoso envolvido em crimes de estelionato, falsa identidade, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) deflagrou, nessa quinta-feira (6), a 2ª fase da “Operação Fragmentados”. A ação ocorreu na cidade de Itapipoca, na Área Integrada de Segurança 17 (AIS 17) do Estado. Um homem foi preso, um posto de combustível e uma fazenda foram sequestrados, além das apreensões de um veículo Hilux, diversos documentos falsificados utilizados nos estelionatos e a quantia de R$ 40 mil.

No total, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão e o sequestro de bens. Todo o material apreendido e sequestrado foi avaliado em R$ 2,6 milhões. O homem preso trata-se de Luís Teixeira de Sousa (45), o “Pinto”, já condenado por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Ele é o proprietário dos bens sequestrados e também é investigado pelos crimes de falsificação de documento público, estelionato e lavagem de dinheiro.

Ação anterior

A primeira fase da “Fragmentados” ocorreu no dia 23 de março deste ano, após uma investigação realizada durante seis meses que apontou que os alvos teriam movimentado cerca de R$ 35 milhões. As investigações iniciaram a partir das apurações do crime de lavagem de dinheiro do grupo. Na primeira fase, foram cumpridos 81 mandados judiciais, sendo eles de busca e apreensão, prisão preventiva e de sequestro de bens. Durante a ofensiva policial, foram apreendidas seis armas de fogo, mais de R$ 50 mil reais, joias, centenas de cartões bancários, onze carros de luxo, uma motocicleta, além de 23 imóveis sequestrados e bloqueio de contas bancárias dos alvos investigados.

A ação criminosa consistia na conversão de recursos financeiros oriundos do estelionato, que gerava lucros e era convertido em patrimônio. O patrimônio, como apontam os levantamentos policiais, era registrado em nome de “laranja”, sendo esta a forma de ocultação dos bens, ou seja, tentando tornar o que era ilícito em bens lícitos, configurando assim o crime de lavagem de dinheiro. Ainda conforme as investigações, os crimes eram cometidos contra instituições financeiras mediante a abertura de contas fraudulentas com a utilização de documentos falsificados.

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