Software desenvolvido pela Pefoce tem auxiliado na flexibilização do trabalho dos peritos

3 de abril de 2020 - 16:23 # # # # # # #

O software de gerenciamento de perícia Sistema Galileu, desenvolvido pela Coordenadoria de Tecnologia da Informação (CTI) da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), tem se tornado uma importante ferramenta de trabalho em meio ao combate ao avanço do novo coronavírus (Covid-19). Pioneiro no País, por meio do Sistema Galileu, peritos criminais e médicos peritos podem incluir laudos no sistema remotamente, ou seja, sem a necessidade de estar presencialmente no órgão, reduzindo assim, a quantidade de servidores aglomerados nos laboratórios e áreas comuns do órgão.

Completando um ano de desenvolvimento do “módulo perícia”, neste mês de abril, o software foi criado com o objetivo de dar mais agilidade, flexibilidade e integração ao trabalho pericial com o suporte da tecnologia. Conforme o perito geral do Ceará, Ricardo Macêdo, que possui 39 anos de atuação como perito, a criação do Galileu atende a uma demanda antiga de modernidade e agilidade do trabalho dos peritos criminais do Ceará. “Bem antes desse momento delicado em função do novo coronavírus, os nossos peritos já utilizavam o Galileu, concluindo os laudos de casa, acessando o sistema via tablet, celular ou computador. O momento pede que a gente utilize a tecnologia a nosso favor”.

Ainda de acordo com Ricardo Macêdo, o software traz impactos positivos em todo o sistema de segurança do Estado. “Enviar e disponibilizar os laudos digitalmente para as delegacias, promotores de justiça e juízes dá mais celeridade às investigações, e isso é uma das prioridades do Programa Ceará Pacífico, de ter mais agilidade nas investigações para elucidação e prevenção de outros crimes”, conclui.

Em relação ao desenvolvimento do Galileu, o coordenador da (CTI), Luciano Freire, conta que o software foi “feito em casa” e com a total participação dos peritos, médicos peritos legistas, coordenadores e supervisores, cada um dando a sua contribuição informando sobre as prioridades e dificuldades para que o software atendesse às necessidades dos servidores.

“Com o Galileu, hoje, os peritos da Pefoce de todo o Estado conseguem finalizar os laudos de casa, assinar digitalmente através de um ‘token’ (chave eletrônica) e conseguem encaminhar diretamente para os inquéritos policiais, tudo isso gerando economia para os cofres públicos, pois evita o uso de papel para impressão e evita o acionamento dos motoqueiros para entrega destes laudos”, explica.

Central de custódia

Outro grande benefício que dá mais segurança ao perito e às investigações é a custódia dos vestígios. Hoje, os vestígios coletados em locais de ocorrências; um objeto suspeito, uma arma, uma cápsula deflagrada ou as amostras biológicas coletadas para análise laboratorial. Todo tipo de vestígio fica assegurado por meio de um lacre de segurança e de um código identificador que permite que esse vestígio seja rastreado dentro da Pefoce. Desta forma, é possível saber se a amostra biológica já foi coletada, se o resultado do exame já saiu e a conclusão de todas as etapas referentes a um caso.